31 de out. de 2008

Review - Xenogears


E aí pessoas?

Desculpem a demora pra um novo review, mas eu quis primeiro terminar este jogo pra depois fazer o review, e isso levou um tempão (mais de 30 horas)... mas pelo menos está aí (ufff!).

Bom galera, essa relíquia da já citada Squaresoft, é um RPG futurista idealizado por Tetsuya Takahashi e lançado em 1998, mesmo ano em que The Legend of Zelda: Ocarina of Time e Metal Gear Solid foram lançados e o Dreamcast saiu no Japão.

A história de Xenogears gira em torno da vida de Fei Fong Wong, um garoto que perdeu sua memória e mora na pacífica vila de Lahan, longe de qualquer contato com o mundo afora, sem saber nada de seu passado ou quem realmente é. Isso, até que um Gear (robôs gigantes do mundo de Xenogears, que como o nome diz, Xeno - estrangeiro, Gear - máquina) é deixado na vila durante um conflito entre duas nações. Em uma tentativa de salvar a vila da destruição, Fei entra na máquina mas acidentalmente ELE acaba por destruir Lahan. Após esse incidente, Fei é obrigado a deixar sua terra natal e então nosso herói parte em busca da verdade de seu passado e sua identidade (não que ele soubesse disso no momento). Com o decorrer do jogo, a trama torna-se mais politizada, filosófica e profunda, e Fei, com a ajuda de seus amigos, entra numa missão para salvar o mundo da tirania do império de Solaris (isso é 15% da história). Xenogears aborda uma série de aspectos, questiona a figura de Deus, e até mesmo cita pensamentos de Freud, como o Superego e o Id (éééé... videogame também é cultura, pessoal).

O gameplay de Xenogears possui em todos os apectos o clássico de RPGs: Conversar com as pessoas para prosseguir no jogo, dungeons, batalhas por turnos, HP (Hit Points), EP (Energy Points), níveis de experiência, etc, etc, etc. Neste jogo existem dois tipos de batalha: Fora e dentro dos Gears. Nas batalha comuns os personagens usam técnicas que consomem AP (Action Points), e magias que usam EP. A opção "combo" possibilita que os personagens usem deathblows repetidas vezes, aumentando o dano. Nas batalhas dentro dos Gears, tudo gasta Fuel (combustível): técnicas, magias, o "Boost" (aumenta a velocidade), e etc. Por outro lado, faltou no sistema de batalha um foco maior em magias, que, com exceção das técnicas de cura, você consegue terminar o jogo praticamente sem usar magia alguma. O jogo é bem linear e sempre há um único objetivo a ser seguido para o jogador prosseguir com a história. Por outro lado, as batalhas se tornam um pouco maçantes durante as dungeons e as vezes o jogo não deixa bem claro o que precisa ser feito para avançar na trama.

A trilha sonora composta por Yasunori Mitsuda (compositor de Chrono Cross e seus antecessores) é maravilhosa: Usa muitos instrumentos diferentes, é variada, se adequa ao ambiente e ao clima. Se o leitor reparar bem, vai perceber como é parecido o tema do mapa com o tema do mapa do Chrono Cross. Na verdade, não só este tema, mas toda a trilha, de certa forma, deixa transparecer a personalidade do autor.

Os gráficos não são dos melhores, mas não deixam a desejar, principalmente em batalhas (exceto as fracas animações de magias). Os gears são bem detalhados, assim como dungeons e cidades. Já o mapa poderia ter sido melhor explorado, com algum tipo de segredo ou side quest em terrenos que não são utilizados pela trama principal.

Com gráficos medianos, som ótimo, alguns detalhes que poderiam ter recebido mais atenção, mas com um dos melhores enredos que já passaram pelos meus olhos e que compensa qualquer defeito, Xenogears é um tesouro, uma relíquia dos bons enredos que já não existem em abundância hoje em dia.

Nota: 9,0/10,0.

Fotos:



Vídeo:



Download CD 1 Xenogears:


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